segunda-feira, 4 de agosto de 2008

basta!




O estado do Pará e' considerado campeão de desmatamento da Amazonia: segundo o Imazon, 63% de todo o desmatamento ocorreu no estado. O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ) identificou 499 km² de áreas desmatadas no Pará, representando um aumento de 91% do que foi detectado no mês passado. O Mato Grosso foi o segundo estado que mais desmatou, com 197,2 km2 detectados, e depois aparecem com expressividade o Amazonas (78,4 km2), Rondônia (47,2 km2) e Maranhão (42,6 km2). Segundo o Inpe, 28% da Amazônia Legal estava coberta por nuvens, principalmente no norte da Amazônia, dificultando o monitoramento nos estados de Roraima e Amapá, cujas nuvens cobriam 97% do território.

"Nós estimamos que, com o andar da carruagem do aquecimento e do desmatamento, já em 2050 nós teríamos os sinais claros de savanização (da Amazônia)", disse o especialista em mudanças climáticas do Inpe Carlos Nobre.

O desmatamento das florestas tropicais é responsável por aproximadamente 20 por cento das emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. Conter a destruição das florestas se tornou uma prioridade mundial, e não apenas um problema brasileiro. Restam hoje, em todo o planeta, apenas 22% da cobertura florestal original.

O desmatamento é o carro-chefe das emissões brasileiras dos gases do efeito estufa. De acordo com alguns especialistas, o Brasil cairia da 4a para a 18a posição entre os maiores emissores caso a destruição da floresta fosse tirada da conta.

A Europa Ocidental já perdeu 99,7% de suas florestas primárias; a Ásia, 94%; África, 92%; Oceania, 78%; América do Norte, 66%; e América do Sul, 54%. No caso específico da Amazônia brasileira, o desmatamento que era de 1% até 1970 pulou para quase 15% em 1999 – em quase 30 anos, uma área equivalente à França foi desmatada na região.

É hora de dar um basta nisso.

O que voce pode fazer para ajudar:

A atual demanda por produtos florestais é grande e insustentável. É preciso que a sociedade tome consciência disso e incentive a produção sustentável de madeira, exigindo o certificado de que a extração foi feita de forma legítima. Essa é uma das melhores alternativas existentes hoje para desenvolver economicamente regiões de floresta respeitando-se aspectos sociais e ambientais.
Nós, consumidores, podemos ajudar a proteger a floresta tomando algumas medidas simples, como:

• Comprar apenas produtos de madeira (móveis, material de construção, papel) que tenham o selo FSC de certificação florestal.

• Se você não encontrar produtos com o selo FSC, converse com seu fornecedor sobre a importância do selo para garantir a procedência da madeira e demais produtos florestais.

• De forma geral, antes de comprar um produto de madeira, mostre-se interessado pela procedência do material. Peça garantias de que a extração de madeira não destruiu economias locais, empregou mão-de-obra infantil ou gerou impactos ambientais. Suas perguntas deixarão claro ao fornecedor que os consumidores se preocupam com a extração da madeira.

Veja o mogno, por exemplo. Se a exploração descontrolada e predatória do mogno continuar do jeito que está, muito em breve essa árvore estará extinta. O mogno já desapareceu de extensas áreas do Pará, Mato Grosso e Rondônia, e há indícios de que sua diversidade e quantidade atuais podem não garantir a sobrevivência da espécie a longo prazo

Enquanto o mercado não se mostrar capaz de oferecer produtos de mogno certificados pelo FSC, é importante que os consumidores não comprem esses produtos. A certificação é, atualmente, a melhor forma de atestar que o manejo de florestas nativas ou de plantações é realizado de maneira eficaz, ambientalmente adequado, transparente e economicamente viável. Também conhecido como selo verde, o FSC assegura transparência em todo o processo - desde a extração da madeira na floresta, passando pelo processamento na indústria até chegar ao consumidor final.

Faca a sua parte para um Brasil melhor.

Esta postagem contem textos e informacoes retiradas dos sites:

http://www.amazonia.org.br/

http://www.greenpeace.org/brasil



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