terça-feira, 22 de dezembro de 2009

E ganhou o homem mais uma vez

Triste reconhecer que a COP15 foi quase... um fracasso total. E a natureza já começou a dar sua resposta ao homem: nevascas na Europa e nos EUA, granizo no interior de SP - em pleno verão - e ciclones na Austrália. O mundo responde à falta de responsabilidade do ser humano e o ser humano cego perde mais um ano de oportunidades para aprender com seus erros e corrigi-los enquanto ainda há tempo - ainda há vida. Até quando?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Encontros e Despedidas

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir

São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também de despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida

Por Fernando Brant

sábado, 5 de dezembro de 2009

Siga seu coração

Às vezes passamos anos querendo algo e nunca conquistamos. Seja por falta de determinação, oportunidades, garra ou até coragem. Coragem sim, porque a maioria que realiza seus sonhos precisa arriscar e para não ter medo de arriscar é preciso coragem. Por isso que tem muita gente que quando é bem velhinho começa assumir riscos, como se não tivesse mais nada a perder já que a vida está quase no fim.
De todos os conselhos que eu já escutei, o mais importante foi de uma amiga que trabalhou comigo em Londres, uma polonesa 5 anos mais velha que eu. Foi no dia em que eu completava 27 anos. Ao saber da minha idade minha amiga suspirou e disse: “Ah meus 27 anos.... se eu pudesse voltar no tempo”. Então resolvi perguntá-la: “Se realmente pudesse voltar, o que você faria de diferente?” Engraçado que eu pergunto isso a muitas pessoas mais velhas que eu, adoro ouvir conselhos de mais velhos, saber o que eles teriam feito na vida que poderia ter mudado seu destino para melhor. Pra mim é uma forma de aprender com os erros dos outros para tentar não cometê-los na minha vida. Foi então que ela me deu um conselho que até hoje eu procuro seguir, e para mim o mais importante de todos; ela me disse: “Se eu pudesse voltar no tempo eu tomaria mais decisões com meu coração” e concluiu dizendo que as melhores decisões que ela fez na vida foram aquelas em que ela seguiu seu coração.
Tomar decisões baseadas no sentimento são difíceis, principalmente para os mais racionais. A razão pode muitas vezes atrapalhar a emoção e vice versa na hora de tomarmos uma decisão. Quando a razão prevalece, as decisões são medidas de acordo com suas conseqüências futuras: como será, o que vai acontecer depois da decisão feita, o que irá ocasionar amanhã. Diferente de quando o sentimento prevalece, fazendo com que o futuro seja quase desconsiderado; o que vale é o sentimento hoje, o querer ser feliz agora.
Fico pensando naquelas pessoas que não tiveram muito tempo de vida, e qual o conselho que elas nos dariam hoje. Se tivéssemos a certeza de que a juventude, talvez a melhor fase das nossas vidas, não acabasse nunca e que viveríamos por muitos anos, provavelmente eu consideria a razão em primeiro lugar antes de tomar minhas decisões. Mas como infelizmente não temos a certeza de que estaremos vivos amanhã, por que não realizar seus desejos agora?
É claro que quando digo “realizar desejos hoje” não é largar tudo e viver sem pensar no amanhã. O que eu tento passar aqui é que muitas decisões que não são feitas levando em consideração nosso coração, podem nos trazer segurança, estabilidade e conforto, mas na sua grande maioria não nos traz a necessidade maior: a de ser feliz. Não há bem material ou dinheiro algum que nos traga a verdadeira felicidade. Boas condições financeiras podem sim nos proporcionar situações prazerosas, mas jamais as mais felizes, pois são nas pequenas coisas que a felicidade se encontra: num gesto, num carinho, numa atenção, no estar ao lado da pessoa amada e não interessa onde ou como.
Que ruim seria saber que você tomou uma decisão melhor para seu futuro profissional, mas talvez passe anos deixando de fazer o que ama de verdade. Que ruim é chegar no final da vida e se arrepender de não ter conhecido mais o mundo, de ter viajado mais simplesmente pelo medo do desconhecido. Que triste deve ser não ter acreditado no seu coração e na constante busca pela razão, ter passado a vida ao lado de alguém que lhe parecia ser a melhor esposa ou marido, mas que você nunca amou de verdade.
É preciso deixar de lado preconceitos, medos, preocupações com opiniões alheias, inseguranças e dúvidas para buscar a felicidade hoje. Postergar seu desejo pode ser tarde demais. Se a felicidade é medida através do que sentimos, ou seja, do nosso coração, até quando você vai esperar para tomar a decisão de ser feliz?

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Eu tambem queria esquecer

Eu queria esquecer que um dia eu conheci voce, assim é mais fácil viver, sabendo que voce esqueceu que um dia me conheceu tambem.

Sua neta para sempre,
Caroline

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O Rio continua lindo... para poucos

Como disse, recentemente, um programa de comédia nacional: “o único problema do Leblon é que faz fronteira com o Brasil”. E que a verdade seja dita, o Rio continua lindo... porém para poucos, pouquíssimos.
Estive no Rio de Janeiro faz poucas semanas e infelizmente me deparei com uma cidade que, se um dia foi linda, foi há muito tempo! Para quem caminha na orla das principais praias da cidade como Copacabana, Ipanema, Leblon e Barra vai encontrar um Rio de Janeiro “seguro” e bonito. Porém o luxo de viver no cartão postal da cidade maravilhosa é para poucos. A maioria da população vive em condições muito diferentes das que o turista se depara.

Diferente de muitos que vão ao Rio à passeio, tive a oportunidade de vivenciar um pouco da realidade de muitos. Andei de ônibus por diferentes pontos da cidade e reparei que muitas avenidas e ruas estavam sujas, parques maltratados, águas poluídas e muita miséria. Sem falar num trânsito que quase se iguala ao de São Paulo e na falta de educação e respeito do povo carioca. Basta se afastar poucas quadras da Av. Atlântica, em direção contrária ao mar, e já é possível presenciar cenas de assalto em plena manhã.

E quando o roubo não é realizado assim, “às claras”, ele acontece de forma, digamos, “camuflada”, como ocorreu com um turista gringo do meu hotel que pagou ao taxista R$ 400 para trazê-lo do aeroporto nacional Santos Dumont ate o hotel, este localizado próximo à pedra do arpoador. É mole? como dizem os cariocas... Não, é duro mesmo! É assim que o brasileiro deixa o turista, duro sem dinheiro para curtir as férias de forma justa!
Uma cidade como o Rio de Janeiro, cartão postal do Brasil, e que tem no turismo uma de suas maiores arrecadações financeiras deveria, no mínimo, respeitar o turista.
Nada me espanta com as últimas notícias anunciadas recentemente em rede nacional (e internacional, o que me deixa muito triste e com vergonha do meu país). Uma guerra civil que mata mais pessoas que no Iraque, onde é necessário um helicóptero blindado – como aqueles utilizados nas guerras de verdade – para combater os traficantes dos morros do Rio de Janeiro.

Quando as olimpíadas de 2016 foram anunciadas, eu nao sabia se ria ou chorava. Espero que um evento como este faça com que, de uma vez por todas, os governantes tomem vergonha na cara e melhorem as condições da “cidade maravilhosa”, nem que seja simplesmente para inglês ver.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

I've created a butterfly to get justice for the hundreds of thousands of women forced into sexual slavery during WWII: www.amnesty.org.au/comfort

In the run-up to the August anniversary of the end of World War II, Amnesty International is calling for justice for former 'comfort women' in Japan.
During the war, up to 200,000 women and girls were forced into sexual slavery by the Japanese military. These women and girls were kept in 'comfort stations' in China, Taiwan, Borneo, Philippines, Singapore, Malaysia, Myanmar (formerly known as Burma), Indonesia and many of the Pacific Islands.
Women were abducted, deceived or sold by extremely poor parents. The majority of woman were under the age of 20 and some were girls as young as 12. These women and girls were kept for months or years on end.
The women who made it home at the end of the war often kept silent about their experiences and suffered severe psychological and emotional trauma. Many survivors died without talking about what happened to them. In recent years, however, a number of women, now very elderly, have courageously been speaking out. They hope that justice can still be achieved in their lifetime.
The Japanese Government's apologies so far have been inadequate and the government has refused to accept any legal responsibility. Over the past few years there has been growing international pressure on the Japanese Government to accept responsibility and apologise for the abuses of 'comfort women'.
Sixty years on, this lack of justice for 'comfort women' is a human rights abuse. Given the age of the survivors, there is an urgent need to act on this issue. We must never forget the atrocities committed against these women. Japan still has the opportunity to right this terrible wrong.
We're calling on the Australian Government to pass a motion in the House of Representatives urging the Government of Japan to:
Accept full responsibility for the abuses of 'comfort women'
Officially apologise for the crimes committed against the women
Provide adequate compensation to 'comfort women' or their immediate families
Accurately describe the sexual slavery system in Japanese textbooks on World War II
Since 2007, the US, the Netherlands, the UK, Canada, the European Union (with 27 member countries), South Korea, Taiwan and three city councils in Japan have all passed similar motions. It's time for Australia to do the same.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Bagagem de vida

Quando meus pais me perguntaram se eu queria morar no exterior por um ano, aprender uma nova lingua e viver com uma familia estrangeira, eu nao pensei duas vezes ao responder. Eu tinha 13 anos. Aos 15 eu embarquei para os Estados Unidos com duas malas, muita vontade de aprender e uma coragem que ate hoje eu nao sei de onde tirei.
Existem certas experiencias na vida que nunca substituirao a experiencia de morar no exterior. Estar disposto a mudar de ambiente e ingressar numa nova cultura e aprender uma nova lingua requer coragem. O recomeco em local desconhecido, sem a familia e sem amigos e’ doloroso e cansativo. A procura por emprego e moradia nao e’ tarefa facil. E’ preciso motivacao diaria e muita forca de vontade para encarar todos os desafios inusitados no novo mundo (ou velho mundo, dependendo onde voce escolher, hehe).
Morar no exterior e’ muito mais do que apenas viajar, conhecer um novo lugar. Por que turista qualquer um pode ser. Mas ser turista permamente nao e’ pra qualquer um. Tomar a decisao de morar no exterior e’ abdicar da zona de conforto e recomecar uma nova vida; e todo recomeco e’ dificil, ainda mais quando o fazemos em ambiente desconhecido.
Hoje eu olho pra tras, para os 3 anos morando em diferentes locais e sinto meus ombros pesados – e’ da mochila que carrego nas costas, cheia de experiencias. Carrego comigo uma bagagem com uma enorme rede de amizades internacionais, vivencia em culturas diversas e uma troca de conhecimentos que eu jamais teria se nao tivesse morado fora do Brasil.
Somente quem vive ou viveu no exterior e’ que entende a importancia que esta experiencia traz para nosso crescimento pessoal e o seu valor hoje e futuramente.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Vale a pena ler de novo

Pouca gente sabe mas o texto do video O Filtro Solar (Sunscreen), na voz de Pedro Bial, lançado no Brasil em 2003, tem como origem como um texto publicado pela colunista americana Mary Schmich no Chicago Tribune, e originalmente entitulada Advice, like youth, probably just wasted on the young (Conselho, assim como juventude, provavelmente desperdiçado pelos jovens).
O texto acabou tendo grande repercussão e se espalhou pela Internet e pelo mundo. Em 1997 ganhou uma versão musical na Austrália, graças ao australiano e diretor de cinema Mark Anthony Baz Luhrmann, que estava preparando um álbum de coletânea com reinterpretações de músicas de seus filmes e produções de palco. Baz produziu recentemente o filme Australia, que infelizmente nao teve grande sucesso. Ele tambem e' autor de Moulin Rouge (tambem com Nicole Kidman) e Romeu e Julieta (filme com Leo Di Caprio).
Com as palavras da crônica lidas na voz do ator tambem australiano Lee Perry ao som de uma batida suave, o trabalho gerou a inspiradora trilha musical entitulada Everybody's Free (To Wear Sunscreen) ou seja, Todos São Livres (Para Usar Filtro Solar).
Em 1999, uma adaptação da faixa musical, editada de 7 para 5 minutos, se espalhou pelas rádios dos Estados Unidos e se tornou um grande sucesso. Em 2003, Pedro Bial gravou no Brasil a declamação de sua tradução deste texto para o português, tendo ao fundo a mesma música da trilha original.
Segue aqui uma transcrição do texto integral da versão em português com alguns toques meus (de acordo com minha experiencia) para servir como inspiracao.

Todos São Livres (Para Usar Filtro Solar).


Nunca deixem de usar filtro solar (ainda mais na Australia!)

Se eu pudesse dar só uma dica sobre o futuro seria esta: use filtro solar. Os benefícios a longo prazo do uso de filtro solar estão provados e comprovados pela ciência. Já o resto de meus conselhos não tem outra base confiável além de minha própria experiência errante. Mas agora eu vou compartilhar esses conselhos com vocês...

Aproveite bem, o máximo que puder, o poder e a beleza da juventude. Ou então, esquece. Você nunca vai entender mesmo o poder e a beleza da juventude até que tenham se apagado. Mas pode crer, daqui a vinte anos, você vai evocar as suas fotos e perceber de um jeito que você nem desconfia hoje em dia quantas, tantas alternativas se escancaravam à sua frente. E como você realmente estava com "tudo em cima". Você não está gordo, ou gorda. (mas vale a pena malhar pelo menos 1 hora por dia...heheh)

Não se preocupe com o futuro. Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que "pré-ocupação" é tão eficaz quanto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgebra. As encrencas de verdade em sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada, que te pegam no ponto fraco às quatro da tarde de uma terça-feira modorrenta.

Todo dia enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de verdade. (meu conselho: Bungee Jump!)

Cante. (mesmo desafinada como eu)

Não seja leviano com o coração dos outros, não ature gente de coração leviano.

Use fio dental. (aquele de boca, ok? mas se quiser usar os dois...)

Não perca tempo com inveja. Às vezes, se está por cima; às vezes, por baixo... A peleia é longa e, no fim, é só você contra você mesmo.

Não esqueça os elegios que receber, esqueça as ofensas. Se conseguir isso, me ensine.

Guarde as antigas cartas de amor. Jogue fora os extratos bancários velhos.

Estique-se.

Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida. As pessoas mais interessantes que conheço não sabiam aos 22 o que queriam fazer da vida. Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem. (eu tambem ainda nao sei!)

Tome bastante cálcio. Seja cuidadoso com os joelhos: você vai sentir falta deles.

Talvez você case, talvez não. Talvez tenha filhos, talvez não. Talvez se divorcie aos 40, talvez dance ciranda em suas bodas de diamante. Faça o que fizer, não se auto-congratule demais e nem seja severo demais com você. As suas escolhas têm sempre metade das chances de dar certo. É assim para todo mundo. (amigas, nao se preocupem em ficarem para titia, eu ja sou titia de 3!... relaxe, a pessoa certa aparece, mesmo tarde. e se nao aparecer, f..a-se!)

Desfrute de seu corpo, use-o de toda maneira que puder mesmo. Não tenha medo de seu corpo ou do que as outras pessoas possam achar dele. É o mais incrível instrumento que você jamais vai possuir.

Dance... Mesmo que não tenha onde, além de seu próprio quarto.

Leia as instruções, mesmo que não vá segui-las depois.

Não leia revistas de beleza. Elas só vão fazer você se achar feio.

Dedique-se a conhecer os seus pais. É impossível prever quando eles terão ido embora, de vez. Seja legal com os seus irmãos. Eles são a melhor ponte com o seu passado e, possivelmente, quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro.

Entenda que amigos vão e vêm. Mas nunca abra mão de uns poucos e bons. Esforce-se de verdade para diminuir as distâncias geográficas e destinos de vida, porque quanto mais velho você ficar, mais você vai precisar das pessoas que conheceu quando jovem.

More uma vez em Nova Iorque (ou Londres), mas vá embora antes de endurecer. More uma vez no Havaí (ou Australia), mas se mande antes de amolecer.

Viaje. (sempre!!!)

Aceite certas verdades inescapáveis: os preços vão subir, os políticos vão saracotear, você também vai envelhecer. E quando isso acontecer, você vai fantasiar que quando era jovem os preços eram razoáveis, os políticos eram decentes e as crianças respeitavam os mais velhos. (e as crises economicas sempre existirao...)

Respeite os mais velhos.

Não espere que ninguém segure a sua barra. Talvez você arrume uma boa aposentadoria privada, talvez case com um bom partido, mas não esqueça que um dos dois pode, de repente, acabar.

Não mexa demais nos cabelos, senão quando você chegar aos 40, vai aparentar 85.

Cuidado com os conselhos que comprar, mas seja paciente com aqueles que os oferecem.
Conselho é uma forma de nostalgia. Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado do lixo, esfregá-lo, repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do que vale.

Mas no filtro solar, acredite! (ainda mais aqui na Australia)

:-)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Haere mai ki te whenua o Aotearoa

Todos ja haviam me dito que a Nova Zelandia e' um dos paises mais lindos do mundo e eu tive que conferir para acreditar.
Foram 13 dias intensos em ambas as ilhas norte e sul. Simplesmente fantastico, um pais com uma diversidade natural incrivel.
Comecamos pela ilha norte onde encontra-se a maior cidade da NZ no qual possui em torno de 1,5 milhao de habitantes, praticamente uma Porto Alegre. Costeamos o nordeste que nos ofereceu lindas paisagens, praias belissimas (e com belas ondas surfistas!) e maravilhosas noites de lua cheia...
Descemos e chegamos na cidade de Taupo onde encontra-se o famoso Lake Taupo (considerado o maior da NZ com 616 metros quadrados de dimensao) e onde eu criei coragem e pulei, sim, pulei de uma altura de 47 metros... Bungee Jump!
Olhando de longe parecia ser facil porem foi quando eu cheguei na plataforma e "me dei conta" de que eu so' estava amarrada pelos tornozelos... realmente deu medo. Eu estava paralizada na plataforma enquanto o instrutor buscava me encorajar a pular...Three, two, one, jump! Nossa senhora!!!! Sensacao incrivel e imperdivel. Eu so acordei e me dei conta da loucura que eu estava fazendo (e pior, pagando por isso) quando eu toquei na agua (sim, eu fui ate a agua) e de tao gelada eu "acordei" do sonho (ou pesadelo?heheh). E la' fui eu de novo pra cima, pra baixo, pra cima, pra baixo.... heheheh
A viagem continuou ate Wellington, a capital da NZ, localizada ao sul da ilha norte, com aproximadamente 470 mil habitantes. Uma pequena e charmosa capital, com varias atracoes culturais e onde encontra-se o famoso museu nacional Te Papa com extensiva historia e cultura neozeolandesa e que, infelizmente, devido a falta de tempo, nao tive a oportunidade de conferir.
Dali eu segui de ferry para a cidade portuaria Picton, minha porta de entrada na ilha sul. De la eu peguei o trem Tranzcoastal, uma maravilhosa viagem pela costa leste da ilha sul.
Seguindo de trem novamente (desta vz com o TranzAlpine) eu tive o privilegio de ver lindas montanhas cobertas de neve e paisagens de tirar o folego! O trem cruza os alpes localizados no centro da ilha sul (como que uma faixa do norte ao sul). Meio dia de viagem e eu cheguei em Greymounth para um breve almoco e seguir viagem de onibus ate a cidade de Franz Joseph onde encontra-se um dos famosos glaciais da NZ.
Novo dia e la' fui eu pesando 5kgs a mais de roupa, bota e acessorios (incluindo a mochila com o lanche para o dia) escalar o glacial. Experiencia unica e imperdivel na vida.
O final do dia foi para relaxar na sauna (sim, eu fiquei num albegue com sauna), o que e' mto comum por la. Cama cedo porque o amanha o dia comeca cedo novamente.
6 horas da matina e la vou eu no proximo onibus para Queenstown, finally! Cidade localizada ao sul da ilha sul, capital dos esportes radicais! Mas nao sobrou dinheiro, nem tempo e talvez nem coragem para pular os 134m... fica pra proxima. Aproveitei meu tempo para conhecer os famosos fiordes Milford Sounds, um dos locais onde filmaram O Senhor dos Aneis.
O passeio para Milford Sound foi de um dia inteiro, com viagem de 4 horas de onibus ate o local e mais 3 horas de barco. Impressionamente a beleza natural da NZ...
Ok, time up! chegou a hora de voltar a Christchurch para mais uma noite antes de pegar o aviao de volta a Sydney.
Christchurch e' maior cidade da ilha sul com aproximadamente 37 mil habitantes. Aproveitei para conhecer a Cathedral Square e o Jardim Botanico proximo de belas galerias de artes pela regiao de Woscester Boulevard.
Simplesmente necessario que a Nova Zelandia esteja no roteiro de viagem de qualquer pessoa. Um pais imperdivel! Vale muito a pena conhecer.
E para os amantes de esportes radicais meu conselho e' se tocar para Queenstown e passar uma semana por la, so curtindo a adrenalina... beleza!!!! Queenstown que me espere, proxima vez com mais grana e principalmente, com muito mais coragem!!!!

em uma das belas praias da ilha norte


no caminho pela costa leste

no caminho pelos alpes em direcao a costa oeste



conhendo o glacial Franz Joseph



passeio de barco pelo fiorde Milford Sound



a beleza do outono no jardim botanico de Queenstown

The Remarkables, as famosas montanhas de Queenstown


o pulo da gata



terça-feira, 21 de abril de 2009

Troca-troca

No ultimo final de semana eu me encontrei com algumas amigas para fazermos mais uma versao do "Detachment" (se "destacar", vem do verbo attachment que significa "apegar-se"). Trata-se de uma reuniao entre meninas para troca de roupas que nao gostamos mais ou que estamos "enjoadas" de vestir. Muitas meninas acabam levando roupas em otimas condicoes (aquelas que da ate pena de doar) e fazem trocas lucrativas. Vale a pena para quem quer economizar e quer "roupa nova" no armario.
Achei otima a ideia que surgiu atraves de um grupo de amigas brasileiras aqui na Australia e que poderia muito bem ser implementada no Brasil.
Entao ta' ai' a ideia, reunem as amigas e comecem o troca-troca! ;-)


Truman Ozzy Show

A historia explica o comportamento de uma sociedade de acordo com as experiencias que a mesma vivenciou. Numa crise mundial como a que estamos passando vejo a diferente forma de comportamento entre duas diferentes sociedades: a brasileira e a australiana.
Apesar de todos os problemas, acredito que o Brasil esteja encarando a atual crise de forma positiva, pelo menos mais positiva que a Australia. Isso porque no Brasil, apesar de tudo ruim que possa estar acontecendo, sempre se tem a esperanca de uma alternativa melhor. Somos um povo que tem muita fe’ e que nao se entrega facilmente. A necessidade nos torna criativos porque infelizmente nao podemos nos dar o luxo de nos satisfazermos com o que ha’; e’ preciso procurar e criar alternativas para escapar da situacao de desespero (e desemprego). O brasileiro ja esta “mais acostumado” com as crises financeiras por ja ter passado por varias (ou por viver numa frequente crise?). O brasileiro e’ calejado por sua instabilidade economica e e’ o que o faz forte, resistente, mais corajoso para enfrentar um mal tempo.
Na Australia a situacao e’ diferente. O australiano nao esta acostumado com crises economicas. Tirando a Great Depression (Grande Depressao) de 1930 e a crise de 1987, quando as bolsas dos EUA quebraram, esta e’, sem duvida, a maior crise economica que a Australia ja enfrentou. A crise para o australiano e’ muito mais apavorante do que para um brasileiro, mas nao necessariamente pior. O australiano dificilmente pensa “outside the box”; e’ limitado, segue uma cartilha de regras e parece sentir-se inseguro se obrigado a desviar o caminho ja acostumado a seguir.
E a historia explica. O australiano e’ historicamente mais fraco por nao ter passado por grandes dificuldades no desenvolvimento da Australia. Nem mesmo precisou lutar para conquistar seu terriotorio; a Australia foi “presente” da Rainha a prisioneiros ingleses (e se eu pudesse voltar no tempo como Inglesa eu roubaria muita galinha...). O australiano nunca teve que “rebolar”, “rodar a baiana” e muito menos “se virar nos trinta”, hehe. A economia australiana e’ estavel. O pequeno ozzy provavelmente nunca viu ninguem passar por dificuldades financeiras, nao passou pelo medo do pai perder o emprego ou a infelicidade de nao poder comprar aquele brinquedo naquele meio do mes. Nunca sentiu de perto a inseguridade economica bater na sua porta.
Nestes ultimos um ano e meio vivendo na Australia eu notei como a vida do australiano e’ protegida. Parece que este povo vive numa redoma de vidro, num lugar onde tudo e’ perfeito, onde nao ha’ problemas sociais, economicos nem politicos, como se vivesse no “show de Trumam”: pequeno mundo (im)perfeito regido por inumeras regras, normas e leis.
Me questino ate quando viver num “mundo perfeito” vale a pena para o crescimento como ser humano. O quanto as pessoas daqui acabam por se “limitando” a um ambiente quase irreal, onde nao ha’ muros para subir, pedras no caminho ou montanhas para escalar. Nao ha’ grandes desafios para o australiano. Tudo parece ou parecia ser muito facil... ate a crise chegar.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Amanha: APAGUE AS LUZES




A Hora do Planeta é um ato simbólico no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a demonstrar sua preocupação com o aquecimento global e as mudanças climáticas. O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem o significado de chamar para uma reflexão sobre o tema ambiental.
Conhecido mundialmente como Earth Hour, a Hora do Planeta será promovida no país pela primeira vez pelo WWF-Brasil e conta com a adesão e apoio do Rio de Janeiro, a primeira cidade brasileira a aderir à iniciativa.
Em 2009, a Hora do Planeta será realizada no dia 28 de março, das 20h30 às 21h30, e pretende contar com a adesão de mais de mil cidades e 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Mais de 170 cidades de 62 países já confirmaram sua adesão à Hora do Planeta.
Realizada pela primeira vez em 2007, a Hora do Planeta contou com a participação de 2,2 milhões de moradores de Sydney, na Austrália. Já em 2008, o movimento contou com a participação de 50 milhões de pessoas, de 400 cidades em 35 países. Simultaneamente apagaram-se as luzes do Coliseu, em Roma, da ponte Golden Gate, em São Francisco e da Opera House, em Sidney, entre outros ícones mundiais.

Cadastre-se já no site Hora do Planeta e participe também deste movimento:

http://www.earthhour.org/home/br:pt-BR

Fonte e maiores informacoes acesse o link acima.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Australian Wildlife

Quando pensamos nos animais da Australia, os primeiros que vem a nossa mente sao o coala e o canguru e nunca as cobras venenosas, aranhas assassinas e tubaroes assustadores... O Daily Telegraph, jornal Australiano do estado de New South Wales, publicou recentemente os 12 animais mais perigosos da Australia, pedindo para que os turistas ficassem atentos.
Isso porque, para quem nao sabe, a Australia e’ considerada um dos paises que possui os mais venenosos e ameacadores animais para o ser humano. Aqui voce encontra aranhas que matam em minutos e 6 das 10 cobras mais perigosas do mundo! Tem que ficar atento sim, mas nao precisa exagerar... os ataques sao raros apesar de acontecerem, portanto nada de dar chance ao azar.
Um dos animais que mais matam aqui e’ o Box Jellyfish (uma especie de água-viva). Quando estive na Grande Barreira de Corais no nordeste da Australia encontrei muitas placas na beira da praia sinalizando a presenca de água-viva no mar (talvez era por isso que eu nao via muita gente na agua...). E’ muito comum encontrar uma caixa (tipo uma caixa de correio) com uma garrafa de vinagre para ser utilizada no local atingido em caso de emergencia. Dependendo da area afetada a vitima pode ter suas funcoes cardio-respiratorias paradas em apenas 3 minutos. As águas-vivas sao responsaveis pela maioria das mortes, ultrapassando o numero representado pela cobras, tubaroes e crododilos juntos. A água-viva mais perigosa e’ a Irukandjii que mede apenas 1,5 cm e que pode matar em 24 horas se nao tratado dos sintomas a tempo.
Outro animal que e’ preciso ter cuidado e’ o crocodilo. Diferente do Brasil, o crocodilo que assusta aqui esta no mar, em agua salgada, ou proximos de rios que desembocam no mar. Eles medem por volta de 7 metros e atacam ate tubaroes! Pois bem, imagine este crocodilo que mata tubarao fazendo uma visita pra voce no mar… nem sonhando. Vale lembrar que os crocodilos sao animais protegidos aqui na Australia, portanto torna-se um crime mata-los...
E as aranhas... existem 3 aranhas que sao consideradas as mais perigosoas aqui na Australia: Funnel Web, Red Back e White Tail. As tres possuem um veveno poderoso podendo matar em minutos. E’, nao e’ brincadeira nao...
Ah, e os tuuubaaaroes… recentemente foram varios os ataques de tubaroes ao redor de Sydney. Algumas praias possuem rede de protecao, mas nao sao todas. Os surfistas devem ficar atentos, nao surfar em horarios propicios (inicio da manha, a tardinha ou a noite) e ficar de ouvido bem aberto pois as patrulhas estao sempre viagiando e sinalizam assim que avistarem um tubarao. Ontem mesmo meu amigo entrou na agua em Manly e minutos depois escutou o alerta; todos tiveram que sair da agua pois um tubarao estava rondando a praia, scary...
Pra terminar, as cobras! A cobra mais perigosa do mundo esta aqui e se chama Taipan. A dita cuja possui um veneno suficiente para matar 100 adultos (sim, cem!) com uma mordida apenas... Outra cobra perigosa e’ a Tiger Snake (cobra tigre) cujo veneno causa paralisacao dos musculos e asfixiacao. O Instituto de Estatiticas da Australia identificou 22 mortes causadas por mordidas de cobras entre 1997 e 2006.
Pois bem, mais uma vez repito que o paraiso nao podia ser tao perfeito. Portanto para quem vem visitar fique atento e se cuide para nao transformar o passeio a Australia em um pesadelo.

Para mais informacoes e fotos dos animais clique: http://www.news.com.au/dailytelegraph/gallery/0,22056,5037578-5007153,00.html

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Onde Ir

por Vanessa da Mata

Eu não sei o que vi aqui
Eu não sei prá onde ir
Eu não sei por que moro ali
Eu não sei por que estou

Eu não sei prá onde a gente vai
Andando pelo mundo
Eu não sei prá onde o mundo vai
Nesse breu vou sem rumo

Só sei que o mundo vai de lá prá cá
Andando por ali, por acolá
Querendo ver o sol que não chega
Querendo ter alguém que não vem.

Cada um sabe dos gostos que tem

Suas escolhas, suas curas
Seus jardins
De que adianta a espera de alguém?
O mundo todo reside
Dentro, em mim

Cada um pode com a força que tem
Na leveza e na doçura
De ser feliz.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Uma vida menos ordinaria

Esses dias estava organizando meus documentos quando encontrei um texto interessante que havia retirado de um jornal ha’ meses atras, mais precisamente em Julho do ano passado, quando eu estava em Tully - pequena cidade do nordeste da Australia - onde trabalhei numa colheita de bananas. O texto leva o titulo “A life less ordinary” e fala sobre os sonhos que deixamos de lado no decorrer da nossa vida. Na epoca o texto me fez abrir os olhos para varios questionamentos que tive nos ultimos anos.
O primeiro paragrafo comeca com a seguinte frase: “Are you living the life your really want?”, ou seja, “Voce esta vivendo a vida que voce realmente quer?” Nao tem como nao ler esta pergunta e automaticamente nao se questionar. Estou eu fazendo que eu realmente gosto?
Lendo o texto eu fui descobrindo muitas outras repostas para minhas perguntas: sera que estou no caminho certo? Sera que esta e’ a melhor escolha? O que quero realmente para minha vida?
Resolvi dividir com voce leitor alguns trechos deste texto que, de alguma forma, mexeu comigo e que talvez venha a mexer com voce tambem:

Uma vida menos ordinaria

Voce esta vivendo a vida que voces sempre quis? Oscar Wilde uma vez disse: “A vida e’ muito importante para a levarmos tao a serio” E porque alguns de nos levamos a vida tao a serio?
A resposta, para a maioria de nossas perguntas, esta la tras na infancia.
Muitos de nos tiveram uma infancia cheia de diversao: subindo em arvores, brincando com tinta, correndo na chuva, rolando na areia e dancando sem vergonha dos outros. Nos expressavamos livremente; tinhamos sonhos. Acreditavamos que podiamos voar, que podiamos ser astronauta, bailarina ou pilotos da formula 1 - acreditavamos que podiamos ser o que quisessemos quando crescessemos.
O que aconteceu?
Os anos foram passando e fomos escutando as pessoas em nossa volta, acreditando neles porque achavamos que eles sabiam mais. Acabamos tomando decisoes baseadas na opiniao dos adultos. E porque?
Sem nos darmos conta muito de nos fomos perdendo a crenca em nos mesmos, acreditando que nao eramos bons o suficiente, inteligente o suficiente e nem talentosos o suficiente para seguirmos nossos sonhos. Achavamos que nossas ideas eram muito dificeis de se realizar, eram bobas ou impossiveis, sendo somente alcancadas por outras pessoas.
Um dia encontrei esta mulher que me disse que seu sonho era trabalhar num circo mas que desistiu depois que mae disse que era perigoso, que ela poderia quebrar a perna ou andar com pessoas “erradas”. Outra senhora sempre quis ser artista porem todos na sua familia a ridicularizavam dizendo que ela nao era talentosa o suficiente; a mae dizia que ela jamais conseguiria sobreviver sendo artista, logo ela desistiu. Outro homem me disse que os pais falavam que ele tinha que ter uma profissao que trouxesse dinheiro senao nao teria como se sustentar; assim ele desistiu de ser escritor.
E’ entao que quando chegamos na vida adulta muitos de nos questionamos: “O que me faz feliz?” Acabamos por deixando nossos sonhos de lado achando que jamas conseguiriamos sobreviver se seguissemos nosso desejo. Acabamos escolhendo uma profissao segura, que dava dinheiro, mas que nao era exatamente o que amavamos. Acabamos deixando de experimentar novas oportunidades na vida porque temos medo do inseguro, do que nao nos passa estabilidade; temos medo do improvavel.
Fica mais facil viver onde nos e’ “familiar” do que correr riscos. Estamos preocupados demais com o que os outros irao pensar, o que vao falar das nossas atitudes, que estamos loucos ou perdidos na vida. Muitos de nos fingimos que gostamos do nosso trabalho e que somos felizes com a vida que levamos… mas no fundo, bem la no fundo, desistimos dos nossos sonhos de crianca.
Temos duas escolhas:
1. Nao fazer nada. Deixar assim, como esta. Mais seguro. Fique acomodado na sua profissao. Trocar de emprego agora, correr atras do seu sonho da' muito trabalho, muita dor de cabeca… pra que correr riscos se esta tudo bem? (bem morno...)
2. Ou voce pode fazer algo. Voce pode mudar sua vida. Voce pode buscar a felicidade que nunca teve (e que achava que tinha). Voce pode realizar seu sonho, porque nunca e’ tarde. Voce pode correr atras do que voce REALMENTE quer. Voce pode redescobrir suas paixoes, acreditar em voce novamente, realizar seus grandes desejos, sonhar. O resultado sera uma vida extraordinaria, com grandes experiencias, cheia de paixao e felicidade.
Pois e’ a paixao que nos faz levantar da cama nas segundas-feiras. E’ a paixao pelo que fazemos que faz da nossa vida especial.
Nao desista por pouco. Recomece quantas vezes for necessario, corra atras do seu sonho, faca a vida valer a pena. Nao deixe de buscar o que voce realmente quer. Lembre-se que tudo e’ possivel, tudo! Basta querer.
:-)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Bushfire

Muito comum aqui na Australia sao os bushfires, ou seja, incendios na mata - queimadas. A Australia vive este drama faz anos. Foram registrados 20 bushfires entre 2000 e 2005 e se contarmos desde 1967, quando foi anunciado o primeiro incendido florestal, ja morreram 250 pessoas e 4,554 casas foram destruidas. O governo australiano ja desembolsou em torno de AU$ 2.5 bilhoes de dolares na restauracao dos estragos causados pelos incendios.
Infelizmente este ano o povo australiano esta presenciando a pior queimada ja ocorrida. O incendio que aconteceu no noroeste do estado de Victoria (capital Melbourne) foi o pior ja registrado. Por enquanto somam-se 181 mortes, 1,831 casas atingidas e mais de 30,500 hectares de mata queimada. A televisao australiana nao para de informar mais e mais entragos, sendo dificil parar o fogo que se alastra rapidamente com o vento.
Sao varias as causas das queimadas e uma delas e' o lixo deixado pelo homem. Uma latinha de refrigerante ou um papel laminado de um chocolate podem facilmente iniciar um fogo que junto com as condições meteorológicas (presença de vento, temperatura ambiente) que tambem facilitam o crescimento da chama. Outro fator importante e' relevo do terreno, sendo terrenos montanhosos mais propicios para o crescimento da fogo, exatamente o que esta acontecendo em Victoria.
O impacto ambiental das queimadas é um tema preocupante nao somente pelos estragos que trazem para o ser humano mas tambem ao meio ambinente pois envolve a fertilidade dos solos, a destruição da biodiversidade, a fragilização de agroecossistemas e a produção de gases nocivos aos animais e aos homens.
Ao ver as vitimas na televisao e os estragos causados pelo fogo, logo lembrei da situacao ocorrida em Santa Catarina. Impossivel nao fazer uma comparacao na forma como as vitimas se comportam, a ajuda prestada tanto pelo governo como pelas pessoas. Aqui na Australia, como no Brasil, muitas pessoas perderam tudo que tinham. TUDO mesmo. Imagine voce ter sua casa completamente queimada com tudo dentro, sem mais recordacoes, fotos antigas, nada! Tudo que uma vez foi construido agora esta destruido. E o pior, perder as pessoas, familiares. Imaginar que as pessoas queridas tiveram, talvez, uma das piores mortes que se pode ter.
A grande diferenca daqui com o Brasil e' que aqui o governo tem dinheiro para ajudar. Ja foram anunciados AU$ 10 milhoes de dolares para restaurar os estragos e esta sendo doado AU$ 1.000 dolares para cada adulto e AU$ 400 para cada crianca. Nao e' muito dinheiro, mas ja e' uma ajuda. Fora que muitas pessoas tem Seguro de Casa, o que facilita ainda mais reiniciar.
Toda a Australia ja esta se mobilizando para doacoes, em todos os lugares por onde ando encontro cartazes pedindo ajuda. A Red Cross (Cruz Vermelha) tem forte presenca aqui e esta ajudando com a arrecadaco do dinheiro. Ate mesmo os australianos que vivem no exterior (em Londres principalmente) estao se mobilizando para arrecadar doacoes.
Acho que nao existe pai's hoje que ja nao tenha sofrido um desastre natural. Os quatro elementos fundamentais para nossa sobrevivencia (agua, terra, ar e fogo) estao sendo ameacados e conquentemente ameacando a existencia do homem na terra.
Ainda podemos reverter destastres como estes, mas ate quando?

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Sydney Festival 2009

O verao em Sydney e' lotado de atracoes. Tem sempre algo para ver, seja uma exposicao de arte, uma banda de musica, um teatro, um campeonato de surf. A cidade agita no verao e e' a e'poca onde tem mais turistas, claro. A praia de Bondi fica lotada (para infelicidade dos salva-vidas) e a de Manly tambem, que nos ultimos dias estava atrolhada! Fica tb movimentado por causa das ferias escolares e ate o final de janeiro sera assim ate as aulas iniciarem em Fevereiro (como e' bom ferias no colegio...bons tempos)
Ha' duas semanas atras iniciou o Sydney Festival 2009, um festival que acontece no mes de Janeiro e vai ate seu final. Sao inumeras atracoes onde e' possivel conferir atraves do site: www.sydneyfestival.com.au. Eu estive em dois eventos de musica, na abertura e no ultimo final de semana no The Domain, um parque no centro de Sydney, onde rolou The Gypsy Queens and Kings, um grupo de musica cigana (gypsy), uma mistura de jazz com bossa nova e salsa. Bem interssante e super animado. Quem esteve comigo foi minha grande amiga francesa Marie. Conosco tambem estava minha mais nova amiga Maria Fernanda, uma brasileira de Minas Gerais. Estava otimo, nos divertimos bastante.
Tem mais festival pela frente e o verao em Sydney arrecem comecou... :-)
no primeiro dia do festival


ultimo final de semana

sábado, 10 de janeiro de 2009

de volta ao paraiso

Incrivel como o tempo voa e eu ja' estou de volta a Sydney. O unico momento em que o tempo parece nao voar e' quando estamos voando, literalmente. E' que 14 horas sentada numa poltrona de aviao nao e' facil, quando 7 horas ja se passaram a gente lembra que tem mais 7h pela frente...
Fui super bem recepcionada em terras australianas, os amigos que aqui ficaram estavam contentes como eu em voltar para Sydney, apesar da saudade da familia estar pegando forte. Quando eu disse que havia voltado ao "paraiso" alguns me questionaram: "Mas o paraiso nao e' o Brasil?" E', o Brasil tambem entra na lista como local paradisiaco, porem em outros aspectos, alguns diferentes da australia, outros quase iguais. Depende o que voce considera o paraiso... para alguns o paraiso so existe depois da morte, para outros o paraiso e' estar ao lado de quem se ama, alguns consideram um lugar com paz e existem pessoas que pensam que ter dinheiro e' viver no paraiso. Vai entender....
A Australia pra mim reune 3 caracteristicas que a nomeiam como o paraiso: a qualidade de vida, o otimo clima e uma populacao educada e de bem com a vida (sem stress!). Porem para fechar a mao com as 5 caracteristicas consideradas por mim o supra sumo do paraiso teriamos que incluir mais 2: a familia e a pessoa amada. E' ai' que o Brasil faz falta. Sao das pessoas que a gente sente mais saudade.
Cada escolha uma renuncia, a familia a gente visita, claro que nao e' o mesmo, mas ajuda a matar a saudade. Ja os amores... ah, os amores... eles vem e vao e acredito eu que nao existe somente uma pessoa especial, o mundo e' gigante (apesar de as vezes parecer pequeno) e a gente sempre encontra um outro especial no nosso caminho. Afinal, se somos especiais e estamos rodando pelo mundo, porque um outro especial nao pode estar rodando tambem?