domingo, 7 de setembro de 2008

Keep dreaming

Uma vez uma grande amiga me perguntou porque eu acessava o site da Zero Hora. Eu disse: "Para ver as noticias da nossa cidade" e ela respondeu: "Para ver violencia, tu quer dizer?"
Ainda tenho a esperanca de um dia acessar a Zero Hora e nao encontrar noticias de violencia. Sonho no dia em que a manchete sera: "Violencia diminui na capital".
Hoje, como de costume, acessei Zero Hora digital. A materia "Dicas para evitar o roubo de carros" me despertou curiosidade. Quais seriam as dicas? Ou melhor, quais seriam as novas dicas, pois ja sabemos ha tempo como evitar a violencia... sabemos como nos comportar nas sinaleiras, cuidar onde estacionar, cuidar ao abrir o carro... ate lidar com flanelinhas aprendemos. Seriam entao novas dicas para evitar uma nova violencia?
Acessei o infografico que ilustrava as dicas de seguranca. Espantoso. Se eu fosse Australiana eu jamais andaria de carro no Brasil. Nao tem um segundo em que o motorista pode dirigir tranquilo em Porto Alegre. E' necessario estar alerta 100% do tempo. Vacilou por um segundo e ja era! A todo momento, desde a retirada do carro da garagem, ate o estacionamento e' preciso "ficar ligado". E mesmo depois de estacionado o carro existe uma preocupacao, ja que nao se sabe, quando voltar, se o carro ainda estara no mesmo lugar em que o deixamos.
Agora me pergunto: como viver assim? E mais uma vez encontro a resposta: nos acostumamos. No Brasil nos acostumamos a viver em alerta 24hrs por dia.
Em Porto Alegre eu vivia em alerta. Isso e' cansativo. Mas tambem nunca fui assaltada. Nem mesmo em casa, trancada, eu descansava. A ideia de que alguem pudesse entrar pela porta dos fundos, pela garagem ou pelo muro do vizinho me deixava estressada. E com medo.
O alerta constante fazia parte de mim ate' chegar a Londres. Apesar de ser uma cidade onde tambem ha' violencia (como em qualquer outra cidade do mundo) nao e' como no Brasil. Aos poucos eu fui relaxando, mas o "botao do alerta" estava la', escondido, quietinho.
Em Sydney este botao esta comecando a desaparecer. A porta do apto onde moro tem apenas uma tranca (e bem simples) e ha pouco tempo deixavamos a chave debaixo do tapete da entrada. As bicicletas ficam na frente do apto e o predio e' aberto, sem seguranca ou porteiro.
Sydney me passa uma tranquilidade dificil de encontrar nas grandes cidades do primeiro mundo. Aqui me tornei uma pessoa mais calma e relaxada, menos estressada.
Um dia, quem sabe, meu sonho se realize e eu acesse a Zero Hora digital e nao encontre nenhuma noticia de violencia. Quem sabe neste dia eu volto de vez para Porto Alegre.

Um comentário:

Anônimo disse...

el tema de la violencia es algo sobre la pregunta Que es violenica? en Porto Alegre es algo practicamente inpensable si lo comparas con Sydney...pero esto es porque cada cultura es diferente... y esto quizas es por la historia de latinoamerica...nosotros tuvimos que matar para ser libres de los españoles y portugueses... esto a hecho que nuestro comportamiento como cultura sea diferente... si nos comportamos de una u otra manera... otra persona nos pasara por encima... esto puede ser usando violencia fisica o sicologica
es natural que el ser humano se defienda... si alguien es violento...uno reacciona... es la respuesta de Newton...por cada accion ay una reaccion... la reaccion depende de la cultura de la persona... la latina tienes una historia violenta....pero esto no quiera decir que no existe gente diferente...gente que pienza como nuestros libertadores...en paz para latinoamerica... ese momento sera cuando llegue la hora ZERO...pero queda una pregunta...cual sera la noticia? paz en sudamerica? mmm... la historia lo determinara..

tu opinion? yo